O relato de uma estudante e mãe chamou atenção nessa terça-feira (26) nas redes sociais. Ela informa que foi barrada pela Vice diretora do Colégio Estadual Hildete Lomanto porque estaria frequentando as aulas com sua filha de apenas dois meses de vida. Mariana informou ainda que a vice diretora informou ao guarda para ficar de olho nela para não entrar com a bebê. O constrangimento foi tanto que seus colegas de sala falaram que iriam fazer um abaixo-assinado.
Vários relatos de professores acalentando e ninando bebês para que mães façam suas provas são facilmente encontrados em uma breve pesquisa no google. O Blog Vale em Foco repudia o ato da Vice diretora por barrar
uma aluna que sai do conforto de sua residencia vai até uma escola com sua bebê buscar o conhecimento e é humilhada no local onde deveria ser acolhida.
Veja o relato da jovem Mariana:
Eu, Mariana, 19 anos, curso o 2° ano do ensino médio no colégio Estadual Hildete Lomanto. Mãe de uma bebê de quase 2 meses, para conseguir conciliar os estudos com a maternidade, eu decidi levar a minha filha à sala de aula. Assim que cheguei na porta do colégio fui barrada, a vice diretora da escola me proibiu de frequentar as aulas com a criança.
Eu sou obrigada a levar a minha filha para a escola, não por não ter com quem deixar, e sim, porque ela é uma bebê e só mama, não quero induzir outro alimento só para ter que frequentar uma ESCOLA. Até uma professora se comoveu com o meu constrangimento e disse ?Ela não é a primeira mãe a fazer isso. Tenho alunos que tem filhos de 3 a 5 anos de idade, quando isso acontece eu dou um lápis e um papel para eles brincarem e discagem a vontade. Até já ninei um bebê para a mãe dele ter que terminar uma prova minha. Além de professora sou mãe e mediadora de conflitos. Se a mãe leva o filho para a escola tenho que reconhecer o esforço dela e ajudá-la. Se um aluno chega atrasado por conta do trabalho também procuro entender. Esta também é a minha função, oque não pode é deixar de assistir aulas.? A vice diretora disse que são normas da secretaria de educação, que se eu não tiver com quem deixar a minha filha vou perder o ano letivo. Ela pediu até para o guarda ficar sempre olhando se quando eu chegar, vou chegar lá com a criança. Fiquei muito constrangida e tive que me retirar. Vários alunos e outras mães ficaram ao meu favor, falaram até em abaixo-assinado para que possamos levar nossos filhos para sala de aulas já que não temos com quem deixar e queremos ter um futuro.
O que mais me revolta é saber que esse colégio tem de tudo um pouco, desde 2014 que estudo lá e já vir de tudo que vocês imaginar. Por várias e várias vezes já cheguei no colégio e tinha alunos na área externa aonde tem uma pequena pracinha e fica alguns alunos fumando cigarros, e acreditem até maconha. Aí uma mãe não pode levar um bebê para a escola. É por isso que o Brasil não vai para frente e Juazeiro só vai de mal a pior.
NOTA DA ESCOLA
Gestão de Colégio Estadual de Juazeiro nega ter impedido estudante de assistir aula
A equipe gestora do Colégio Estadual Hildete Lomanto, em Juazeiro (BA), emitiu uma nota de esclarecimento sobre as acusações de uma ex-estudante da unidade educacional de que a escola teria impedido a ex-aluna de assistir aula por estar com seu filho recém-nascido.
Veja o relato da jovem Mariana:
Eu, Mariana, 19 anos, curso o 2° ano do ensino médio no colégio Estadual Hildete Lomanto. Mãe de uma bebê de quase 2 meses, para conseguir conciliar os estudos com a maternidade, eu decidi levar a minha filha à sala de aula. Assim que cheguei na porta do colégio fui barrada, a vice diretora da escola me proibiu de frequentar as aulas com a criança.
Eu sou obrigada a levar a minha filha para a escola, não por não ter com quem deixar, e sim, porque ela é uma bebê e só mama, não quero induzir outro alimento só para ter que frequentar uma ESCOLA. Até uma professora se comoveu com o meu constrangimento e disse ?Ela não é a primeira mãe a fazer isso. Tenho alunos que tem filhos de 3 a 5 anos de idade, quando isso acontece eu dou um lápis e um papel para eles brincarem e discagem a vontade. Até já ninei um bebê para a mãe dele ter que terminar uma prova minha. Além de professora sou mãe e mediadora de conflitos. Se a mãe leva o filho para a escola tenho que reconhecer o esforço dela e ajudá-la. Se um aluno chega atrasado por conta do trabalho também procuro entender. Esta também é a minha função, oque não pode é deixar de assistir aulas.? A vice diretora disse que são normas da secretaria de educação, que se eu não tiver com quem deixar a minha filha vou perder o ano letivo. Ela pediu até para o guarda ficar sempre olhando se quando eu chegar, vou chegar lá com a criança. Fiquei muito constrangida e tive que me retirar. Vários alunos e outras mães ficaram ao meu favor, falaram até em abaixo-assinado para que possamos levar nossos filhos para sala de aulas já que não temos com quem deixar e queremos ter um futuro.
O que mais me revolta é saber que esse colégio tem de tudo um pouco, desde 2014 que estudo lá e já vir de tudo que vocês imaginar. Por várias e várias vezes já cheguei no colégio e tinha alunos na área externa aonde tem uma pequena pracinha e fica alguns alunos fumando cigarros, e acreditem até maconha. Aí uma mãe não pode levar um bebê para a escola. É por isso que o Brasil não vai para frente e Juazeiro só vai de mal a pior.
NOTA DA ESCOLA
Gestão de Colégio Estadual de Juazeiro nega ter impedido estudante de assistir aula
A equipe gestora do Colégio Estadual Hildete Lomanto, em Juazeiro (BA), emitiu uma nota de esclarecimento sobre as acusações de uma ex-estudante da unidade educacional de que a escola teria impedido a ex-aluna de assistir aula por estar com seu filho recém-nascido.
No entanto, segundo a direção, a jovem não está matriculada na instituição. Ela teria sido aluna no período noturno no ano passado, mas desistiu dos estudos antes do fim do ano letivo.
Com o objetivo de realizar matrícula para retomar os estudos, a jovem esteve na escola na noite dessa segunda-feira (25). Porém, de acordo com o Colégio, como não há vagas, a ex-aluna foi convidada a frequentar as aulas como ouvinte até o surgimento de uma vaga.
Mãe de um recém-nascido com menos de 2 meses, a jovem teria levado seu filho para a escola, sendo orientada pela direção a não entrar novamente com a criança nas dependências da unidade educacional.
A medida foi adotada visando a integridade física da criança, pois o Colégio não dispõe de berçário e nem de funcionários que possam auxiliar nos cuidados do recém-nascido, o que pode configurar em negligência em casos de acidentes, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Além disso, a escola garante que não é verdade que a vice-gestora tenha ordenado aos seguranças que impedissem a entrada da jovem nas dependências da escola, uma vez que sendo uma instituição educacional de referência em Juazeiro, ?zelamos pela a boa educação e aquisição do conhecimento?.
Outro ponto de destaque na nota de esclarecimento foi em forma de repúdio às declarações da ex-aluna que teria afirmado que alunos fumavam maconha nas dependências do Colégio Hildete Lomanto.
?Apesar de pequena, a equipe docente e de funcionários está sempre atenta aos movimentos dos alunos dentro da instituição e em nenhum momento discentes foram flagrados em tal ato. Reiteramos nosso compromisso com a comunidade no intuito de contribuirmos para uma educação pública de qualidade e para todos?, diz a nota.