Alternativa mais barata à gasolina, o etanol também está pesando mais no bolso na hora de abastecer. O preço do álcool na bomba subiu, em média, 19% (de R$ 2,49 para R$ 2,98) nos primeiros dias de junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
A conta mais cara no posto pode ser explicada no começo da cadeia de produção do álcool. Isso porque os usineiros estão cobrando mais pelo combustível neste ano.
O preço médio subiu 24,2% (descontada a inflação) em relação à mesma época de 2017, segundo números do Cepea (Centro de Estudos Avançados), ligado à Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da Universidade de São Paulo.
"A demanda [por etanol] vem aquecida há bastante tempo. Há um ano, quando a Petrobras mudou a sistemática da precificação gasolina, o mercado acabou ficando com um preço na bomba bastante competitivo. Certamente, no ano passado, a paridade entre etanol e gasolina era menor, o que tornava [o etanol] menos vantajoso", explica a pesquisadora do Cepea Ivelise Calcidoni.
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