A Polícia Federal está cumprindo nesta quinta-feira (14) mandados de buscas no Palácio Araguaia, sede do Governo do Tocantins. A ação foi deflagrada por ordem do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
A investigação aponta que o governador interino Mauro Carlesse(PHS) teria liberado emendas parlamentares poucos dias antes do primeiro turno das eleições suplementares no Estado, realizadas no início de junho, para a sucessão do emedebista Marcelo Miranda, cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral. O próprio Carlesse concorre ao cargo de chefe do Executivo do Estado.
Os agentes da PF também fazem buscas em outros dois endereços de Palmas, a Secretaria da Fazenda do Tocantins e a Redesat, canal do governo estadual. A Justiça não expediu mandados de prisão.
O governo Carlesse informou, em nota, que está colaborando com as investigações. A Secretaria de Comunicação do Estado destacou que informações solicitadas pelas autoridades foram respondidas. A missão desta Quinta-feira é a segunda fase da operação que mira emendas parlamentares. A primeira ofensiva ocorreu em maio.
As eleições suplementares foram determinadas depois que o TSE cassou o mandado de Marcelo Miranda. O interino Carlesse teria liberado emendas poucos dias antes do primeiro turno.
A operação da PF tem base em ação de investigação Judicial Eleitoral com pedido de tutela de urgência, vinculada a uma ação cautelar formulada pela Coligação "A vez dos tocantinenses" (PR/PPL/PROS/SD/PMB) e Vicente Alves de Oliveira, candidato a governador.
A denúncia relata várias irregularidades que teriam sido detectadas após a busca e apreensão deferida pelo TRE do Tocantins, em maio, quando a PF apreendeu 162 processos, abertos de abril a maio, com previsão de gastos no valor de R$ 18,68 milhões.
A investigação mostra que 37 processos já se encontravam empenhados e em andamento para liberação dos recursos, os quais totalizavam R$ 3,5 milhões, que deveriam estar congelados em virtude do processo eleitoral.
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