Quase 50 milhões de crianças em todo o mundo estão deslocadas de casa, das quais 28 milhões tiveram de fugir de conflitos, revela o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF),num relatório divulgado esta quarta-feira.
Em 2015, mais de 100 mil menores desacompanhados pediram asilo em 78 países, três vezes mais do que em 2014.
Muitas destas crianças não têm acesso à escola e correm risco de exploração sexual, trabalho forçado ou coerção para praticar crimes.
Ted Chaiban, diretor de programas da UNICEF, explica que "o mais importante é termos a capacidade de avançar rapidamente com o processo para lhes dar acesso a representação legal".
"É preciso que as suas reivindicações sejam analisadas rapidamente por forma a conhecerem o seu estatuto, seja de refugiado ou de migrante, e que possam reunir-se com as famílias, caso estas existam, bem como providenciar-lhes acesso à educação e outros serviços", acrescentou.
Segundo o relatório, a Turquia acolhe o maior número de refugiados recentes e, muito provavelmente, o maior número de crianças refugiadas do mundo, e o Líbano, proporcionalmente à sua população, é, de longe, o país que acolhe o maior número de refugiados: aproximadamente uma em cada cinco pessoas em território libanês é um refugiado.
Em contraste, no Reino Unido, há aproximadamente um refugiado por cada 530 pessoas, e um por cada 1.200 nos Estados Unidos. Contudo, se se considerar o nível de rendimento dos habitantes dos países de acolhimento, é na República Democrática do Congo, na Etiópia e no Paquistão que se regista a maior proporção de refugiados, refere o documento.
A UNICEF sustenta que "onde existem rotas seguras e legais, as migrações podem representar oportunidades tanto para as crianças que migram como para as comunidades que as acolhem".
Fonte: Euronews
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