Revoltado com 'paredões' de som e atos de vandalismo (foto) na Cohab VI e Rio Corrente, bairros da zona oeste de Petrolina, o estudante Lucas Souza faz um desabafo indignado ao Blog.
Confiram:
Final de semana, 06/07 de agosto de 2016. Cohab VI/Rio corrente. Encontro de paredões na avenida principal. Madrugada para os que labutam, contudo a noite é como criança para outros.
No meio dos altíssimos decibéis, apenas os telefones da Polícia Militar conseguem adormecer. Com o apelo eleitoral - ao ceder permissão para o evento (até com AMMPLA interditando o local) - vale tudo para agradar a massa, inclusive retirar o sossego da população para dar, em troca, segundos (digo segundos, pois se comparados ao período de um mandato, é pouco. Aos incomodados, uma eternidade) de alegria aos que mais garantirão votos.
Vândalos aproveitando a situação. Assaltos crescem - não quero dizer que os adeptos ao lazer à custa do sossego alheio são os cometedores. O fato é: arruaça não falta! afinal, "o que nos vale é o circo, que se dane o pão!. Está tão fácil obter as coisas hoje em dia. Ostentar tornou-se necessidade veemente. Em cada esquina, uma oportunidade para se conseguir o que quer, inclusive se atear fogo nas ruas. A impunidade é minha aliada. Até mesmo nas escolas os desfalques são livres e facilitados. Não me importa o meio, apenas o fim. Consegui o que quero. Agora, aumenta esse som e me traz um Red Label. A noite tá só começando".
Até quando a realidade será essa? Até quando o "190" chamará em vão? Até quando candidatos serão eleitos por festas? Porém, ao menos uma coisa é certa: de grande proveito foi aos que ficaram acordados com o barulho, posto que estavam perceptivos para apagar o fogo provocado pelos que em nada acrescentam e em nada também são punidos.
Fonte: Petrolina Em Destaque