O número de presos mortos durante rebelião na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, pode ter chegado a 15, informou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp), João Carvalho. Já o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, informou que seis detentos foram mortos no tumulto. Um deles foi decapitado, confirmou o gestor.
A confusão teve início na tarde do último sábado (23), contudo a situação já foi controlada na mesma noite. Já as visitas agendadas para este domingo (24) foram remarcadas para a próxima quarta-feira (27).
De acordo com nota da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), ao menos 11 pessoas ficaram feridas na rebelião. As vítimas foram encaminhadas ao Hospital Regional do Agreste, no município. Três deles já retornaram à unidade prisional. O estado de saúde dos demais não foi informado.
Conforme a Seres, durante a ação, estiveram na unidade o Grupo de Operações e Segurança (GOS/Seres), efetivos das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Um inquérito será aberto para apurar as mortes registradas. "Foi um caos", resumiu o presidente do sindicato dos agentes e servidores do Sistema Penitenciário do estado de Pernambuco (Sindasp-PE), João Carvalho. Ele está desde ontem acompanhando a rebelião Juiz Plácido de Souza, de Caruaru, no agreste do Estado. Segundo ele além dos seis mortos, 15 presos ficaram feridos.
Identificação
Quinze dos 17 pavilhões foram danificados, onde 1. 922 detentos ocupam espaço com capacidade para 300 pessoas. "São seis vezes mais a capacidade do presídio", conta João Carvalho. Ainda de acordo com ele outro agravante é o número de agentes penitenciários no trabalhando no local."São apenas sete, quando o ideal seria entre 50 e 60", lamenta ele.
Os nomes de mortos e feridos só será possível depois da realização de uma chamada nominal de cada preso da unidade, já que os mortos não podem ser identificados devidos aos ferimentos, alguns decapitados e outros queimados. "Acredito que essa contagem deva durar entre duas ou três horas", adiantou o sindicalista
Fonte: Petrolina em Destaque