Os dez investigados por suspeitas articular ataques terroristas no Brasil estão presos em um presídio federal em Campo Grande (MS). Segundo a Polícia Federal (PF), continuam as buscas por duas pessoas que têm mandados de prisão em aberto. De acordo com a investigação da Operação Hastag, os supostos terroristas se comunicavam via redes sociais e aplicativos de mensagens e chegaram a tramar a compra de armas, como um fuzil AK-47.
A operação de ontem ocorreu a 15 dias do início dos Jogos Olímpicos, colocando em prática, pela primeira vez, a Lei Antiterrorismo. Quatro pessoas foram presas no estado de São Paulo, uma no Amazonas e outra no Paraná. As restantes foram presas no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro, no Ceará e na Paraíba. Além das prisões, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em dez estados - São Paulo (8); Goiás (2); Amazonas (2); Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso (um em cada). Houve ainda duas conduções coercitivas, em São Paulo e Minas Gerais. Alguns envolvidos fizeram um juramento ao Estado Islâmico, rede terrorista. Apesar da divulgação, ministros chamaram integrantes do grupo de "amadores" e voltaram a afirmar que o risco de terror é pequeno.
Fim da ameaça
Segundo o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, as prisões ocorridas nessa quinta-feira e a deportação do físico e professor da UFRJ Adlène Hicheur, condenado por terrorismo na França, colocam um fim a todas as possíveis ameaças detectadas de atentados durante os jogos olímpicos, que começam no próximo mês. "Afastamos os dois únicos focos, que já estavam sendo rastreados, de possibilidade ainda que remota de terrorismo das Olimpíadas", disse.
Fonte: Diário de Pernambuco