Parentes e amigos da mãe da menina Júlia Cavalcanti Alencar, de 1 ano e 9 meses, levada pelo pai depois de uma visita autorizada pela Justiça, no dia 10 de julho, em Olinda, no Grande Recife, intensificam a mobilização nas redes sociais para tentar achar a criança. A página do Facebook"Vamos encontrar Júlia", criada há uma semana, já conta com mais de 8 mil seguidores.
Na página, a mãe da menina, Cláudia Cavalcanti, que está separada do ex-marido, expõe todo o sofrimento. Também informa telefones do Disque-Denúncia e garante anonimato para quem procurar o serviço. O número é (81) 3421-9595. Também é feito um apelo: evite trotes e boatos.
Por recomendação da polícia, os administradores da página não podem ser identificados. Eles são conhecidos do pai de Júlia. Mesmo sob o anonimato, os responsáveis pela campanha "Vamos encontrar Júlia" ressaltam a importância do apoio que estão recebendo.
"São orações e frases de conforto. As pessoas dizem que estão sentindo na pele a dor da mãe. E se colocam no lugar dela", informa uma das administradoras.Entenda o caso
O Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) passou a investigar o desaparecimento de Júlia ainda no dia 10 de julho. A tia da criança, a enfermeira Mirella do Amaral, informou que o pai tinha direito a uma visita por fim de semana e, na segunda vez em que foi buscar a filha, não a trouxe de volta. A polícia informou que o pai sacou R$ 400 mil uma semana antes de pegar a garotinha.
Segundo a polícia, o pai da criança está em situação irregular com a Justiça, pois descumpriu uma decisão judicial. Ele não atende o celular e sumiu das redes sociais. Como não possui emprego fixo, os responsáveis pela investigação temiam que ele deixasse o estado ou o Brasil.
Por isso, foram acionados a Polícia Federal, que controla o fluxo nos aeroportos, e o Grupo de Operações Especiais. Também houve alerta para os responsáveis pelo Terminal Integrado de Passageiros (TIP), maior rodoviária do estado, localizada no Recife.
A PF, por sinal, incluiu o nome da menina no Sistema de Módulo de Alerta e Restrições, o que torna a proibição da saída da garota do país por meio de aeroportos e portos de todo o território nacional.
A mãe da criança foi orientada pela polícia a também procurar ajuda da Justiça. A polícia recomendou que ela fosse com o Boletim de Ocorrência até a vara em que saiu a decisão do processo da guarda para que a juíza tome conhecimento do caso e possa decretar a busca e apreensão da criança devido ao descumprimento da decisão judicial.
Fonte: G1 Pernambuco
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