Peritos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB) realizaram, na manhã desta quinta-feira (21), as primeiras investigações na ambulância do Corpo de Bombeiros de Pernambuco onde um suspeito de balear um policial militar foi executado com dois tiros, na noite de quarta-feira (20). Em busca de pistas do assassinato, eles encontraram três impressões digitais. Depois de 20 minutos de trabalho, informaram que não poderiam falar sobre o assunto.Na viatura hospitalar, interceptada por quadro homens mascarados e fortemente armados, havia muito sangue. As marcas da violência estavam espalhadas pelo assoalho e pela maca usada para a remoção da vítma, que estava sendo levada da Unidade de Pronto Atrendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul, para o Hospital da Restauração (HR), na área central doRecife.Horas antes da execução, o suspeito havia trocado tiros com um soldado da PM, em um assalto a uma pizzaria no Ipsep, na Zona Sul da capital. O PM ferido está no HR e passa bem na enfermaria, de acordo com a assessoria de comunicação da unidade.A execução aconteceu quando a viatura dos Bombeiros trafegava pela Avenida Caxangá, na Zona Oeste. Os desconhecidos, ainda foragidos, abordaram o veículo. Renderam o médico, o motorista e o socorrista. Eles mandaram que todos ficassem deitados no chão. Em seguida, entraram na ambulência e efetuaram dois disparos na cabeça e no rosto da vítima. O suspeito estava na maca e ligado por fios a equipamentos de monitoramento e de atendimento de urgência.De acordo com a Polícia Militar, depois do confronto no restaurante no Ipsep, o suspeito, que tinha sido ferido pelo policial militar durante a troca de tiros, foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, bairro próximo ao local do crime. Na unidade de saúde, foi constatada a necessidade de transferência. Então, um médico, já identificado pela polícia, recusou a escolta que seria feita pela PM.O profissional de saúde requisitou a presença de uma equipe da Polícia Civil. Enquanto a viatura da corporação se dirigia para a UPA, o médico ordenou a partida imediata da ambulância, mesmo sem a proteção policial. Na rota para o HR, a viatura hospitalar passou a trafegar pela Avenida Caxangá, onde ocorreram a abordagem feita pelos bandidos e a execução do suspeito.
A Força-Tarefa do departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já tem a identificação do médico que autorizou a saída da ambulância sem escolta. Vai tomar o depoimento para saber os motivos pelos quais ele ordenou a transferência do acusado sem proteção.
A direção da UPA da Imbiribeira informou que está à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento.Todas as medidas necessárias para salvar a vida do paciente foram tomadas pelos profissionais de saúde. Ele foi prontamente atendido e seria transferido para uma unidade especializada.
Fonte: G1 Pernambuco
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