segunda semana de governo do presidente em exercício Michel Temer será focada em aprovar a alteração da meta fiscal e em anunciar medidas a curto prazo e longo para solucionar os entraves econômicos que estagnaram o crescimento do país. Na primeira visita ao Congresso desde que chegou ao Palácio do Planalto, Temer entregará hoje, em detalhes, os números do projeto que modifica a meta ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
No encontro, os peemedebistas vão costurar um conjunto de medidas para serem votadas, as quais Temer considera prioritário para enxugamento da máquina pública e crescimento da economia. Na sexta-feira, o governo provisório divulgou um deficit fiscal nas contas públicas de R$ 170,5 bilhões. É considerado o maior da história.
A expectativa é de que Renan convoque sessão do Congresso para aprovar a nova meta em plenário amanhã. Hoje, na Comissão Mista de Orçamento (CMO), o projeto deve sofrer os ajustes necessários. Renan pode ainda chamar a CMO em plenário. A meta fiscal projetada pelo governo da presidente afastada, Dilma Rousseff, previa um deficit de R$ 96,6 bilhões. "A ideia é começar a votar na terça, incluindo os vetos", afirmou o ministro do Planejamento, Romero Jucá. A semana parlamentar será menor devido ao feriado de Corpus Christi, na quinta-feira.
Amanhã, às 11h, o presidente em exercício concede entrevista no Palácio do Planalto, ao lado dos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles; do Planejamento, Romero Jucá; da Casa Civil, Eliseu Padilha; e de Governo, Geddel Vieira Lima, para anunciar as medidas econômicas. Temer vai mostrar a situação deixada pelo governo Dilma. Ex-base da gestão petista, os peemedebistas evitam usar a expressão "herança maldita" por terem participado do governo.
Para ter sucesso nas votações, Temer começa a se empenhar para reunificar a base, que viveu a primeira crise de relacionamento após a decisão do Planalto de escolher André Moura (PSC-SE) para o cargo de líder do governo na Câmara. O parlamentar, muito ligado ao presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contou com o apoio do chamado centrão, que, no cálculo dos adversários, inclui 216 deputados e, na estimativa do próprio Moura passa dos 300.
Fonte: Blog do Didi Galvão
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