Policiais e bombeiros militares podem parar as atividades já a partir desta quarta-feira (27). Segundo líderes de movimentos sindicais, a decisão da deflagração da greve dos policiais e bombeiros militares partirá da categoria.
Os manifestantes decidiram em reunião na última terça-feira (26) à tarde mudar a estratégia para pressionar o Governo. Líderes do movimento paredista informaram que, após a assembleia em frente à Alepe, sairão em direção ao Palácio do Campo das Princesas.
Caso sigam nesta ordem, deixarão de participar da reunião marcada às 15h desta quarta-feira (27), com o secretário de Administração, Milton Coelho.
Segundo representantes da da categoria, caso decidam pela paralisação, ela começará de imediato. Embora a lei exija que greves sejam avisadas à gestão com 48h de antecedência, o Governo, alegam os representantes, foi alertado da possibilidade da paralisação no último dia 13 - data da entrega da pauta de reivindicação.
A reivindicação dos 24 mil policiais e bombeiros militares não é apenas o reajuste salarial. Há queixas também sobre as condições de trabalho. Um cabo da PM lotado no 16º BPM, que preferiu não se identificar, desabafou. "Trabalho com o colete à prova de balas vencido e o fardamento rasgado. Perseguimos os bandidos em viaturas quebradas. O que você acha de enfrentar traficantes nessas condições?", questionou.
Conscientização
Na última terça-feira (26) à tarde, o clima nos batalhões era pela paralisação. Mas os comandos seguiam orientando seus subordinados sobre o momento inoportuno para a uma greve. Segundo o coronel Alexandre Cruz, comandante do 16º BPM, o trabalho é de conscientização. "Estamos conversando com a tropa o que o comando nós repassou. O trabalho está sendo feito e muitos deles estão sensibilizados. Mas a definição só será conhecida amanhã (nesta quarta-feira)".