Segundo informações da Polícia Militar (PM), Beatriz Angélica Mota estava acompanhada da mãe, Lúcia Mota, e do pai, Sandro Romildo, quando tudo aconteceu. O professor de Inglês precisou se ausentar para participar da cerimônia. Minutos depois, a mãe percebeu que a filha tinha sumido. Uma testemunha que estava na festa, e que preferiu não se identificar, contou como tudo aconteceu.
"Já perto do final da festa, quando a banda tocava, o professor Sandro subiu ao palco, já bastante angustiado e começou a chamar pela filha dele, perguntando: 'Bia minha filha, cadê você? Pessoal alguém achou a minha filha?'. Novamente ele subiu no palco e disse que já tinha procurado por todos os lugares possíveis, mas não tinha encontrado e que, se alguém tivesse achado, que avisasse. Ele continuou chamando: 'Bia, minha filha, se você estiver me ouvindo venha aqui, eu estou te procurando'. Nesse momento a festa parou e todo mundo começou a deixar o centro da quadra. Foi quando o pessoal ouviu um barulho, muitos gritos e as primeiras pessoas que entraram já saíram chorando e dizendo que tinham encontrado a menina morta", relatou a testemunha.
A criança foi encontrada em um local reservado, um depósito de material esportivo desativado, ao lado da quadra de esportes onde acontecia a formatura. Os ferimentos atingiram o tórax, além de membros superiores e inferiores. A polícia descartou a possibilidade de violência sexual.
A faca utilizada no crime, de tipo peixeira, foi encontrada cravada na região do abdômen da criança. A Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), Instituto de Medicina Legal (IML) e o Instituto de Criminalística (IC) foram acionados. A área foi isolada e foi feita uma varredura no colégio para tentar encontrar vestígios sobre o crime.
A delegada responsável pelo caso, Sara Machado, informou que o número de crianças da mesma idade que estavam presentes era pequeno e que a mãe logo percebeu a ausência da filha, pois a menina permaneceu todo o tempo perto da família. A delegada afirmou ainda que o crime foi praticado de forma brutal e com intenção de matar.
"As investigações, que tiveram como vítima a menor Beatriz Angélica Mota, já foram iniciadas pela equipe da Delegacia de Homicídios. Desde a ocorrência do crime, que infelizmente aconteceu de forma bárbara, chocou toda a população de Petrolina. Os policiais já estão fazendo o levantamento em relação a testemunhas, câmeras de segurança e outros meios de provas que possam levar à elucidação do crime", destacou Sara.
A delegada ainda pediu a colaboração da comunidade para chegar ao autor do crime. "Aproveitamos para fazer um apelo às pessoas que estavam participando do evento, que, por ventura, tenham feito gravações de aparelho celular, fotografias e todos os meios de gravação digital, que procurem a Delegacia de Homicídio para que possam ajudar a chegar o mais rápido possível à prisão desse criminoso. Estaremos com uma equipe de prontidão para analisar essas imagens e esses aparelhos não ficarão apreendidos", disse a delegada.
Sobre os boatos divulgados nas redes sociais, Sara Machado não confirma a procedência das informações. "A princípio, a gente não tem contado muito com o apoio da família, porque, infelizmente, devido à situação do crime, todos estão em estado de choque. Ainda não temos nomes de suspeitos. Já chegou ao conhecimento dessa delegacia de que fotografias de pessoas estão circulando em redes sociais como autores do crime. Essas fotografias são falsas. Não foram divulgadas pela Polícia Civil. Inclusive, a polícia vai investigar quem está divulgando, de maneira equivocada e precipitada, as imagens, até porque a polícia não tem nenhum nome do possível autor do crime", revelou.
O colégio possui sensor de movimento, o que impossibilita que o suspeito tenha pulado o muro, já que o alarme não foi disparado. A polícia trabalha com a possibilidade de que o suspeito tenha entrado pela porta principal, que dava acesso à quadra. Câmeras de segurança do colégio, de estabelecimentos comerciais próximos e da equipe contratada para fazer a filmagem do evento já foram solicitadas. O colégio não quis se pronunciar sobre o caso.
Fonte: G1 Petrolina