Os policiais civis de Pernambuco, em estado de greve desde a última sexta-feira, aceitaram a proposta do governo e encerraram o movimento paredista em assembleia da categoria na noite desta quinta. A pauta de reivindicações dos servidores foi entregue ao governo em janeiro deste ano, mas, de acordo com o Sindicato dos Policiais Civis, nenhuma das reivindicações foi atendida.
O acordo firmado com a gestão prevê progressão de salário de 1,5% já em dezembro e com efeito retroativo a março. Os policiais também deverão receber um auxílio transporte adicional de R$ 350. Ainda durante a assembleia, ficou instituído um grupo de trabalho para rediscutir o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos da categoria em até 90 dias. Outra equipe tem o mesmo prazo para elaborar uma proposta de Lei Orgânica da Polícia Civil de Pernambuco, para estruturar melhor os atendimentos à população.
Os problemas da polícia foram amplamente divulgados ao longo do ano. "A categoria está indignada com a falta de sensibilidade com os problemas que afligem não só os policiais, mas a população do estado", explicou o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros. De acordo com ele, os trabalhos estão sendo prejudicados pelo cenário. "As investigações estão praticamente paradas, não tem policiais para investigar e sem investigação não tem punição para os criminosos", reclamou.
O pleito dos policiais envolvia, além da recomposição dos salários, incluindo a fixação do percentual de 225% de gratificação de função policial para todos, a convocação de 100 escrivães e 700 agentes concursados para substituir outros que se aposentam até o final do ano e a equipagem adequada para trabalhar com segurança, inclusive coletes a prova de bala, melhores condições de trabalho nas delegacias.
Fonte: Diário de Pernambuco
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