"E novembro entrou, mais seco e mais miserável." A seca cruel que a escritora Rachel de Queiroz narra em O Quinze aconteceu há exatos cem anos. Mas apesar de todas as mudanças pelas quais o semi-árido brasileiro passou no último século, moradores do Sertão e do Agreste pernambucanos enfrentam, em 2015, o mais severo desabastecimento de água para consumo humano, criação de gado e irrigação agrícola dos últimos cinco anos. Um problema que afeta não só as gestões públicas nessas cidades, que já sofrem com a baixa na arrecadação, mas põe em risco toda uma cadeia produtiva do Estado.