"A mãe voltou atrás no depoimento dela, confessou que estava bebendo com amigas no bar quando a criança sumiu de onde ela estava", explica o delegado. Ainda segundo Carlos Alberto, ela saía do bar para catar latinhas e voltava. "Por duas vezes outra criança, de dez anos de idade, o levou até ela", detalhou.
Em uma dessas saídas, o menino foi brincar no pula-pula e não voltou. Inicialmente, a mulher negou o envolvimento com bebida alcoólica e defendia que estava apenas catando latas. No entanto, ela já havia confessado à polícia que realmente deixou o menino sozinho. "Ficou comprovado que houve abandono de incapaz", completa Carlos Alberto. As condições da morte do menino e a responsabilidade ainda estão sendo apuradas.
O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a causa da morte de Paulo Henrique Ferreira foi uma pancada na cabeça, não asfixia como a família afirmou inicialmente. O delegado diz não acreditar que o garoto tenha morrido dentro do brinquedo. "Ninguém vai sofrer um traumatismo craniano dentro de um brinquedo de plástico, de borracha", pondera Carlos Veloso.
O pula-pula era pequeno, um quadrado inflável de 4 x 4 metros, desinflado no final do dia e coberto por uma lona grossa. Ainda no domingo, o brinquedo foi queimado durante um protesto da população, depois que o corpo de Paulo Henrique foi encontrado. O delegado lamentou a destruição da prova, alegando que foram eliminadas possívels evidências que ajudariam no esclarecimento do caso.
Fonte: G1 PE
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